terça-feira, 7 de março de 2017

La La Land



Fiquei com vontade de assistir a este filme desde que vi seu trailer, mas acabei demorando a ir vê-lo porque os horários disponibilizados pelo cinema que costumo frequentar não eram lá muito favoráveis. Acabei indo na segunda feira, dia posterior ao Oscar. Eu já estava cheia de expectativas e amores pelo fato de ter meu casal queridinho: Emma e Ryan. Depois do Oscar, a curiosidade só cresceu! (Ainda mais porque queria saber se Moonlight merecia mesmo ter ganhado o prêmio de melhor filme).
Me apaixonei desde os primeiros minutos. O filme é contagiante! Apesar de ser um musical, não tem uma música a cada cinco minutos, ou seja, não é cansativo. E as músicas são sempre bem encaixadas, não é como muitos filmes em que o pessoal começa a cantar em momentos totalmente aleatórios. 
Emma e Ryan tem uma química incrível na tela! Dá pra sentir o que se passa entre eles. Mas, apesar de tudo, a maior lição dada pelo casal é a busca pelo sonho. Fiquei pensando quantas pessoas realmente buscam seus sonhos. Fazem abdicações, investem, arriscam, para tentar concretizar aquilo que o fará feliz. Buscar um sonho é algo que te prova o tempo todo, porque o que não faltam são obstáculos. E os personagens são incansáveis em tentar conquistar os seus. 
O final do filme é bem inesperado. Mas, ainda assim, o filme como um todo me arrancou suspiros e me deixou bem reflexiva a respeito de tudo isso. O que eu estou fazendo para buscar o que sonho? 
Assistam! É lindo!

segunda-feira, 6 de março de 2017

Amizade ou companhia de farra?



Engraçado como, nos tempos de escola, todos são muito próximos, "amigos para sempre". Ao término do Ensino Médio, cada um vai buscar aquilo que acredita ser interessante, ou, pelo menos, viável para sua vida. Acabam surgindo distâncias geográficas. Mas, a depender de quem estamos falando, isto pode ser um mero detalhe. Ou não.
Fato: o estilo de vida diz muito sobre quem vai te acompanhar pelo resto da vida. Não é regra, mas, geralmente, os caseiros se juntam, os festeiros se juntam... se bem que o primeiro grupo quase inexiste. Sei porque faço parte dele, e, por conta disso, muitas "amizades" reduziram-se a frustradas tentativas de engatar uma conversa após receber a famosa mensagem "oi, sumida! saudades". Na verdade, acredito que esta seja só uma mensagem automática, pra tentar preencher uma lacuna em uma conversa, porque o diálogo não vai muito além...:
- "Oi, sumida. Saudades!"
- "Oi, Mafalda!* Saudades tb! Td bem com vc?"
- "Tudo. E com vc?"
- "Também. Como anda a faculdade?"
- "Bem."
- "E o concurso?"
- "Puxado."
- "E seus pais, como estão?"
- "Tranquilos." 
Foi bom falar com você também ¬¬'
É difícil você tentar encaixar alguém na sua vida quando, visivelmente, essa pessoa não se esforça para ser encaixada, porque você não vai ser a companhia ideal em barzinhos e baladas, não vai apresentar a bebida mais top do momento ou fazer check in e postar uma foto junto com ele no lugar mais disputado da cidade, só pra mostrar o quanto vocês são inseparáveis. 
Ainda fico triste em ver amizades escorrendo pelos meus dedos, porque não consigo acompanhar esse ritmo. Já tentei várias vezes. Não faz meu feitio. Mas percebo que, ao mesmo tempo, o tempo vem refinando aqueles que permanecem em minha vida, para os quais eu não vou precisar forçar uma imagem ou uma personalidade que não são minhas. 

*Nome fictício para designar qualquer amigo que apareça esporadicamente para enviar mensagens, seja porque precisa de algum favor, porque errou o contato ou porque o Facebook o lembrou que é seu aniversário